sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dodói!

Olá! Estou justificando minha ausencia de vários dias. É que meu filho me passou uma virose e simplesmente lhes digo que esta é a PIOR virose que já peguei em toda a mnha vida! Muita febre, muita tosse e muito, muito cansaço.
Ainda não tenho condições de escrever nada muito longo, portanto hoje é só para explicar meu sumiço mesmo e dizer:Não, esse blog não morreu!
Assim que eu estiver melhor, volto com vários assuntos nos quais estive pesquisando.
Até mais...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Oui, je parle français!


Tenho passado bastante tempo à procura de informações sobre Paris na internet. Explico: embora me considere meio "íntima" da cidade-luz, existem sempre lugares novos sendo abertos, novas críticas de bistrôs legais e passeios diferentes a se fazer. E como vou em julho, queria desta vez fazer uma Paris diferente dos lugares comuns que sempre visito, do tipo Tour Eiffel/Jardin du Luxembourg/Quartier Latin, embora sim-com certeza vou visitá-los novamente desta vez, afinal vou com a minha filha que ainda não conhece.
Enfim, estava num desses blogs de brasileiros que moram em Paris(descobri dois absolutamente incríveis, superúteis e deliciosos de ler)quando lí sobre as gafes de um dos autores ao chegar em Paris quando ainda não dominava o idioma.E imediatamente me lembrei de minhas próprias gafes.Vou contar:
Estava eu passeando em Montmartre com uma turma de amigos quando bateu aquela vontade de comer fondue!Estava frio e aquela misturinha de queijos derretendo-se em cima de pedacinhos de pão nos parecia perfeito!Foi aí que eu dei de cara com uma casa onde havia uma placa pendurada com a seguinte informação:" Maison fondée en 1836!" Já adivinharam né? Eu gritei na hora:-Achei gente, olha aquela placa alí dizendo que naquela casa tem fondue desde 1836!
Para quem ainda não sacou, fondée quer dizer fundada, a casa tinha sido fundada em 1836 e nada tinha a ver com o famoso prato!Infelizmente para mim, meus amigos todos sacaram e a risada foi geral...
Com o passar das visitas, meu francês foi melhorando e eu, meio auto-didata, me esforçava o máximo para deixar o inglês em casa e me comunicar na língua nativa deles.Mas a cada vez que eu tentava dar algum endereço para um daqueles taxistas mal-educados, acabava sempre tendo depois que escrever tudo num papelzinho pois eles teimavam em não entender nada do que eu dizia.
Depois que eu finalmente entrei num curso de françês, onde estou até hoje e com um razoável sucesso em meu aprendizado-devo dizer-hoje vejo que eu era quem teimava em querer falar uma língua antes de ter qualquer lição sobre ela, e ainda me ofender quando os pobres taxistas não me entendiam, ora por favor!
Ah, os sites dos quais eu falei são estes:
Conexão Paris e Paris Na Linha

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Irritando Fernanda


De todas as personalidades atuais, não existe nenhuma outra que me provoque tantos sentimentos conflitantes como a escritora e (agora) apresentadora televisiva Fernanda Young!
Confesso que embora devoradora de livros,conheci primeiramente a apresentadora para só depois ir em busca da escritora.Quando comecei a saber de Fernanda Young, ela era uma das quatro apresentadoras do programa Saia Justa da GNT.Impossível não prestar atenção nela, primeiro pelo estilo de se vestir: sempre de preto, roupas agressivas,coturnos nos pés,cabelos quase raspados, mil tatuagens pelo corpo alvíssimo, Fernanda parecia ser tudo aquilo que mais abomino numa mulher, as que parecem ter prazer em chocar e trocam a beleza por esta sensação de causar incômodo em quem as vê.Depois, claro pela maneira sempre inteligente que arrumava para dizer os impropérios que desfiava para espanto de suas colegas.Devo dizer que apesar dela ter uma maneira inteligente de dizer o que pensava, nem sempre seus pensamentos eram tão inteligentes assim e as vezes Fernanda passava do ponto. Como o dia em que declarou publicamente que odiava velhinhos.Tudo bem, ela tem todo o direito de odiar quem quiser, mas daí a propagar o ódio à velhinhos indefesos num programa de tv me soou um pouco demais.
Com seu jeito explosivo de quem não leva desaforo para casa, muitas vezes Fernanda comprou briga com os telespectadores e até mesmo com as colegas apresentadoras.Somente Rita Lee estava sempre certa para Fernanda e era notável como ela admirava a cantora sem jamais sequer ousar em discordar dela.
Ok, Fernanda era do tipo ame-ou-odeie-mas-fale-de-mim!Nada contra.O que pegou mesmo foi o lado narcisista excessivo da escritora, a mania de se auto-elogiar o tempo todo,a tentativa exarcebada de sempre querer ter uma opnião diferente para desestabilizar o grupo e chamar a atenção para si, a forçada de barra quando diz que ela é sempre muito invejada por todas as mulheres graças ao seu incomparável talento. Cara, é isso o que me cansa nela!
Talento ela tem de sobra! Os Normais é coisa de gênio! Seus livros, embora jamais estejam em qualquer lista dos mais vendidos,conseguem ser interessantes.Menos que ela, eu diria.Raro caso da criadora ser mais interessante que a criação!Mas essa mania de se auto-elogiar o tempo todo é dose!
Fernanda agora apresenta há mais de um ano o programa que leva o sugestivo nome de Irritando Fernanda Young também pela GNT, onde entrevista personalidades pra lá de interessantes: De Evandro Mesquita à Fernando Meirelles.Adotou também um estilo completamente diferente do que usava nos tempos do Saia. Usa agora cabelos lisos em corte clássico Chanel, suas roupas são vestidos femininos muito bem cortados de tecidos nobres e seus sapatos são assinados por estilistas internacionais como Marc Jacobs e Manolo Blahnick.Fernanda parece ter descoberto finalmente que dá sim para ser bonita e inteligente ao mesmo tempo!O programa é ótimo, não fosse pelas escapadelas que ela mesmo dá para falar de si mesma " Você também faz isso? Ah, eu faço também"...e lá vai interromper a entrevista do pobre convidado para contar mais uma emocionante história de sua vida!Também o bordão "Adoro!" não funciona, pior, irrita.
Continuam os auto-elogios, continuam as declarações de que o mundo se rói de inveja dela -" E rufam os tambores da inveja!"-disse-quando estava entrevistando Fernanda Montenegro e muitas vezes a entrevista fica com cara de conversa de comadres.Mas acho que o sucesso do programa reside justamente aí, pois é nesta conversa que os convidados acabam soltando pérolas como no dia em que Hebe Camargo contou que tinha o maior tezão pelo Roberto Carlos! Foi simplesmente sensacional!
Fernanda Young as vezes me parece uma menina que precisa desesperadamente provar para todos o quanto é boa.E ela é boa!Muito boa!Só precisava que ela mesmo acreditasse nisso e não tentasse ficar o tempo todo tentado mostrar para o público o que a maioria já sabe:com roupa de griffe ou com jeito punk,Fernanda é uma das jovens mais inteligentes e interessantes da cena brasileira!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Para meus amigos na semana mundial do amigo!

Ter um melhor amigo é ter um dos maiores tesouros do universo. Sempre fui de ter a casa cheia de amigos, agenda repleta de nomes e mil convites presos por ímãs na minha geladeira para que eu não esqueça de pelo menos mandar flores, caso resolva não comparecer. Mas amigos mesmo, amigo de fé irmão camarada, tenho poucos.
Poucos, mas maravilhosamente verdadeiros.
É bom saber que com eles, e só com eles, eu posso ser eu mesma. Posso falar um monte de besteiras que eles vão rir mesmo da piada mais sem graça. Posso falar de coisas do passado, pois eles certamente estiveram presentes e tem a mesma memória afetiva. Posso ser abusada, que delícia poder ser abusada com amigo!!! Poder dizer que essa blusa tá um horror, melhor trocar e que quando tiver torta de morango na sua casa que se lembre de me mandar um pouquinho pois eu adoro!
Que bom poder dizer que o fulano é meu amigo mesmo e que pra ele eu posso contar tudo.Que posso dizer para a amiga que aquele sapato que parece caríssimo na verdade foi comprado em liquidação bem baratinho! E ainda dou o nome da loja para ver se ela consegue comprar igual.
Que bom que amizades não desvanecem com o tempo, quando são verdadeiras, ao contrário, ficam ainda mais belas pois tem história.
Que bom que ainda tenho amizades do tempo do colégio, quando era moda sair por aí de ombreira (que horror!) e com new wave glitter gel no cabelo.
Amigos do tempo em que Xuxa usava xuxinhas no cabelo.Do tempo em que eu chorava por ter perdido o primeiro lugar na abertura dos jogos olímpicos do Colégio Marista.E eles me consolavam.
Amigos do tempo em que minha mãe viajava e eu fazia festa escondido em casa, todo mundo ia pra lá, tinha aqueles jogos da verdade em que todo mundo só fazia mentir descaradamente com cara de quem estava levando tudo muito a sério!
Amigos do tempo em que a Pracinha de Salinas era o point maior das férias de julho e eu não queria estar em nenhum outro lugar do mundo que lá-nem Paris faria a minha cabeça naquela época!Descia e subia aquela pracinha com a "desculpa" de olhar as barraquinhas dos hippies quando na verdade queria mesmo era "ver e ser vista" pela galera.
Que saudade dos amigos daquela época:Clívia, Guy, Tati, Sachenka, Nicole,Cacá, Roland,Silvia e Márcia,Claudia,Marcos Salomão, Wanara,Hygino e até do Murilo, por que não?Eram meus amigos.E continuam sendo mesmo que a gente quase não se veja.Mesmo que a Sacha esteja em Miami, a Wanara na Holanda, o Marcos em São Francisco,e o resto vivendo suas vidas com seus trabalhos, suas famílias, filhos,problemas...Serão sempre meus amigos!Meus melhores amigos que podem existir na face da terra!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Enquanto isso na sala de justiça...

Minha atual professora de francês é parisiense. Bem diferente, devo dizer, da imagem que a maioria das pessoas tem das parisienses, sempre snobs, do alto de seus saltos altos, elegantes e impecáveis. Não, minha prof não é assim. Não fosse pelo nariz levemente avantajado à la mode dos franceses, ela passaria muito bem por brasileira, que sabe até do nordeste.
Não sei muito da vida da minha chére prof, a não ser que ela se mudou para cá, casou e abriu uma pousada em uma cidadezinha de praia próxima daqui, que dizem ser muito bonita-nunca estive na tal cidade que se chama Algodoal.Então ela adotou um estilo de vida mais suave, menos corrido e hoje além de gerir a tal pousada, também dá aulas de francês para se sustentar.Suas roupas são sempre alegres, esvoaçantes e floridas, seu cabelo está sempre meio solto-meio preso e ela está sempre de bom humor, o que por si só já a difere da maioria dos franceses que já conheci.
Fico pensando o que dá na cabeça de uma parisiense para largar aquilo tudo e vir pra cá...Comentei o fato com meu marido no carro, contei que ela muito gentilmente havia me oferecido o número de telefone da irmã dela que mora em Paris até hoje, para o caso de eu precisar de algo, quando eu for em julho. Daí minha filha Jade que estava escutando a conversa disparou:" Sua professora é sortuda de ter nascido em Paris mãe, mas a irmã dela além de sortuda é mais esperta!"
Imagina, isso tendo sido dito por uma garotinha de 10 anos...
Fiquei pensando: será que as pessoas nunca estão satisfeitas com aquilo que tem?
Fico aqui eu imaginando como seria morar em Paris, N.Y ou Tóquio e de repente tem gente que trocaria todo a vida de Carrie Bradshaw de Sex And The City por uma cabana no meio de um vilarejo deserto do Brasil...
O ideal seria ter sempre o melhor dos dois mundos: morar lá e passar férias aqui, ou morar aqui e de vez em quando dar umas peruadas por lá.
Cabana em ilha deserta não é comigo mesmo, nem de férias!
Já Paris...

terça-feira, 13 de maio de 2008

Buona Sera

Oi gente! Quem me conhece sabe que sou absolutamente, enlouquecidamente louca por viagens! Sou adepta da máxima de que viajar até quando é ruim é bom! Já estive em algo em torno de umas 74 cidades espalhadas pelo mundo e minhas preferidas são Rio de Janeiro (por que sou super brazuca) e Paris (por que Paris é Paris e não tem como competir).
Todos os reveillons na hora em que as pessoas estão pedindo amor, dinheiro, saúde, eu estou sempre pedindo viagens. Horrível, né? E claro que sei que o que importa é ter saúde, que sem saúde e dinheiro não se faz viagem alguma e sem amor na vida não tem viajem que resolva.Mas na hora de subir em cima da cadeira e de comer as sete uvas eu só me vejo pedindo as tais viagens.E dá certo! Pelo menos tem dado até agora pois nunca viajei tanto como nos últimos anos.
Este ano resolvi que dedicaria meu precioso tempo descobrindo maneiras de gastar o pouco dindim que ganho com as viagens que quero fazer. Já fui ao Rio (tento ir pelo menos uma vez ao ano para dar aquela brasilidade na alma que só o carioca tem!)e já tenho marcadas mais duas: a primeira para Fortaleza com o marido e as crianças e a outra para Paris, onde pretendo levar a minha filha mais velha para que juntas possamos nos perder nos corredores da Sephora*...
E agora estou planejando outra, já para o segundo semestre e com o meu marido, para Roma, uma semana, desses citypacks que a gente compra em agências on line e que são sem dúvida a maneira mais em conta de conseguir conhecer tantas cidades maravilhosas pelo planeta. Roma eu já conheço, mas já fui há mais de 10 anos e fiquei com a sensação de não ter aproveitado bem da primeira vez.Era muito mais nova e não dava a menor bola para gastronomia, como hoje.Imagina, lembro que uma vez em Veneza pedi num restaurante um risoto de tinta de lula que hoje comeria rezando mas que na época detestei-pedi ao "camarieri" que me providenciasse um molhinho de tomates para que eu pudesse despejar em cima do prato e assim disfarçar o sabor. O pobre do homem me olhou como se eu tivesse ofendido a honra da Pietá e praticamente jogou um pote de molho na minha mesa.
As vezes acho que sou obcecada quando o assunto é turismo. Se já vou para Paris em julho, por que essa tara de ter que arrumar mais uma viagem depois?
Simplesmente porque não consigo ficar parada e por que não acho outra maneira melhor de gastar meu suado dinheirinho.Não quero saber mais de comprar jóias, roupas caras, nada disso, sabe, descobri que a vida pode ser muito mais simples do que a gente imagina e cada um tem o seu barato. Para algumas, o barato é ficar colecionando jóias que não usam, vestidos de marca para impressionar as amigas e bolsas de griffe italianas para subir de status nas rodinhas da cidade. Para mim o barato é sair por aí viajando, pegando trem e saboreando todos os prazeres gastronômicos que esses lugares tem a oferecer.
Agora licença que acabei de receber um e-mail com ofertas de passagens e eu vou já ler.Arrivederci...
*Sephora: rede de lojas de cosméticos e perfumes espalhadas por toda Paris.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dia das Mães

Tenho um amigo que provavelmente é o único leitor deste blog. Ele me avisou que estou "de novo" me expondo muito. Não tenho jeito mesmo...Resolvi reler e concordei com ele, então exclui alguns posts onde com certeza por causa de algum surto de loucura, eu me auto elogiava à lá Fernanda Young! Retirado. Da próxima vez tenho de lembrar de jamais escrever qualquer coisa se estiver de tpm.
Fora isso, tem um tempo que eu não atualizava o blog. Pura falta de tempo meus caros.Como mãe de três filhos de idades diferentes, nem sempre dá pra fazer tudo o que eu quero, na hora em que quero. Além disso o ateliê tem me tomado muito tempo o que é sempre uma coisa boa, e estou em final de semestre do curso de francês, me preparando para mais uma maratona de intensivo no próximo mês, onde aí sim, ficarei doida, pois as aulas serão todos os dias da semana pela manhã toda. Mas eu gosto, fazer o quê?
E também tive que sair ao shopping nesta semana para comprar os presentes das mães.E quanto presente! É presente para a minha mãe, para a minha sogra, para a minha avó, madrasta, para as três madrinhas dos meus filhos e para uma tia que considero madrinha. Ah, tem aquela amiga minha que conseguiu engravidar depois de anos tentando, presente para ela também. Ufa, parece natal.
O pior é que ninguém se diverte nesses dias das mães, só as crianças, porque para a mãe mesmo é sempre um suplício. Vejamos:quando a gente tem criança pequena, normalmente neste dia fica sem babá, o que significa que toooooodo o trabalho com elas ficará por nossa conta. Se somos ainda jovens, significa dizer que não poderemos sequer escolher onde passaremos o dia, pois temos de nos sujeitar às escolhas das mães mais velhas, das sogras e no meu caso, até da avó.E dá-lhe churrascaria lotada, restaurante de buffet a quilo com aquela fila gigantesca e você tendo que servir os pratos dos filhos antes do seu para só depois começar a comer o seu, que por sinal já estará frio.Este ano já fui informada de que o almoço será num sítio.Jóia.Com duas crianças gripadas, a maior com asma, vou para um sítio com uma piscina que eles não poderão entrar e sem babá.Não consigo imaginar onde teria um dia das mães melhor que esse...
Dia das mães perfeito mesmo seria na companhia dos filhos, claro, mas sem ter que cuidar deles.Foi no banheiro? O pai limpa. Tem que dar banho? Ah, o papai vai dar meu amor.Tem que servir os pequenos no restaurante? Papai serve, corta o filé em cubinhos a ainda dá na boquinha porque esse dia é da mamãe e ela não vai fazer nada!
Almoço em churrascaria? Pode esquecer... Manda a mamãe pra um spa, dá de presente uma viagem pra qualquer resortezinho e deixa ela lá, só lagarteando no sol...E o presente? Ah, o presente...Qualquer coisa bem fútil tá valendo. Pode ser uma jóia, um vestido bem sexy, aquela bolsa que a mamãe está paquerando a tempos, mas definitivamente nada que seja "útil ao lar"!
Sério se os pais adotassem esse comportamento, a gente jura que compensaria no dia deles. Afinal a gente só teria que fazer o que já faz todos os dias mesmo...
Feliz dia das mães à todas!