quarta-feira, 14 de maio de 2008

Enquanto isso na sala de justiça...

Minha atual professora de francês é parisiense. Bem diferente, devo dizer, da imagem que a maioria das pessoas tem das parisienses, sempre snobs, do alto de seus saltos altos, elegantes e impecáveis. Não, minha prof não é assim. Não fosse pelo nariz levemente avantajado à la mode dos franceses, ela passaria muito bem por brasileira, que sabe até do nordeste.
Não sei muito da vida da minha chére prof, a não ser que ela se mudou para cá, casou e abriu uma pousada em uma cidadezinha de praia próxima daqui, que dizem ser muito bonita-nunca estive na tal cidade que se chama Algodoal.Então ela adotou um estilo de vida mais suave, menos corrido e hoje além de gerir a tal pousada, também dá aulas de francês para se sustentar.Suas roupas são sempre alegres, esvoaçantes e floridas, seu cabelo está sempre meio solto-meio preso e ela está sempre de bom humor, o que por si só já a difere da maioria dos franceses que já conheci.
Fico pensando o que dá na cabeça de uma parisiense para largar aquilo tudo e vir pra cá...Comentei o fato com meu marido no carro, contei que ela muito gentilmente havia me oferecido o número de telefone da irmã dela que mora em Paris até hoje, para o caso de eu precisar de algo, quando eu for em julho. Daí minha filha Jade que estava escutando a conversa disparou:" Sua professora é sortuda de ter nascido em Paris mãe, mas a irmã dela além de sortuda é mais esperta!"
Imagina, isso tendo sido dito por uma garotinha de 10 anos...
Fiquei pensando: será que as pessoas nunca estão satisfeitas com aquilo que tem?
Fico aqui eu imaginando como seria morar em Paris, N.Y ou Tóquio e de repente tem gente que trocaria todo a vida de Carrie Bradshaw de Sex And The City por uma cabana no meio de um vilarejo deserto do Brasil...
O ideal seria ter sempre o melhor dos dois mundos: morar lá e passar férias aqui, ou morar aqui e de vez em quando dar umas peruadas por lá.
Cabana em ilha deserta não é comigo mesmo, nem de férias!
Já Paris...

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