sábado, 8 de novembro de 2008

Vou Voltar Pra Minha Terra...

Último dia em Lisboa e resolvemos terminar por onde a maioria começa: visitando a Torre de Belém, o Padrão do Descobrimento e o Mosteiro dos Jerônimos. Não sei nem dizer qual o mais lindo!
Mosteiro dos Jerônimos

Padrão do Descobrimento

Torre de Belém


O que vocês acham?
Com este céu azul que estava fazendo em Lisboa qualquer fot sai bonita, não é mesmo?

Depois do passeio fomos à tradicionalíssima Fábrica de Pastéis de Belém, onde nos acabamos de tanto comer bolinho de bacalhau e, claro, os tão falados pastéis.
Já tinha comido antes mas o tempo vai passando e a gente acaba esquecendo do quanto eles realmente são melhores de todos os outros fabricados por aí...

Era nosso último dia, ainda tinhamos umas comprinhas para fazer e nem deu para aproveitar como eu mais gostaria, que é sentando em um café e ficar vendo a vida passar. Até sentamos, no À Brasileira bem no coração do Chiado e reduto de gente descolada, mas não deu pra ficar muito tempo, pois outra atração ainda nos aguardava:

O Fado!

Fomos assistir à um show de Fado na casa O Faia, bem tradicional, claro que cheio de turistas, mas com cardápio ok, um bacalhau à lagareira mais do que satisfatório

e excelentes cantores. Para quem gosta de fado, recomendo! Eu adoro! Assisto e fico com vergonha de mim mesma pois logo desato a chorar, emocionada. Será que numa outra vida já fui lisboeta?

E ao final do Fado, rumamos para o Bairro Alto atrás de mais agito. Gente, aquilo estava uma loucura, um verdadeiro círio de nazaré, ordas e ordas de jovens em cada cantinho das ruas, os bares lotados, muita música, definitivamente a noite mais agitada da Europa. Não imaginava isso dos nossos irmãos portugueses, que surpresa boa!

E depois, hora de se despedir. E a coisa mais difícil, despedir-me do meu irmão, com aquela dor no coração que só eu sei como é. Dor de deixar para trás um pedaço da gente, que eu não sei quando terei perto de mim novamente.
Minhas viagens para a Europa são sempre assim, intensas, maravilhosas e com despedida triste no final. Já me acostumei, já sei que vai ser sempre assim, mas que dói quando chega a hora de dizer adeus, isso dói.
A noite acaba, meu irmão vai ficar curtindo mais um pouco, o último abraço do dia, e do ano. Entro no taxi chorando baixinho que é pra não entregar, sou uma menina orgulhosa. E sigo chorando até o hotel...
E no hotel lembro que tenho coisas para colocar na mala, não posso esquecer da mala de mão, dos presentes das crianças, amanhã vou ver meus filhos de novo, estou morta de saudades deles, ai a minha caminha me esperando, finalmente vou poder dormir sossegada e aí paro e penso que amo sim viajar, mas voltar para casa também tem o seu valor.
Lembro do meu querido irmão que vai continuar sua vida como imigrante europeu e de mim, que amanhã já não serei mais a turista-louca-por-novidades e sim a mãe da G, J e J.P
Uma lágrima ainda corre no rosto. É a lágrima que fica. O que vai no meu rosto, é um largo sorriso de saber que ano que vem estarei eu aqui novamente, talvez não em Lisboa mas certamente no Velho Mundo descobrindo novas coisas , novos caminhos e histórias antigas. Ano que vem.
Pois amanhã, o dia será dos meus filhos!
E assim é a minha boa e doce vida.
Próximo post, novos assuntos... Beijo.

Um comentário:

Antonio Da Vida disse...

ooooohhhhhh....
I love you to bits!!!
mas boa noticia, se tudo der certo, nao terá sido ainda o ultimo abraço do ano... dezembro virá. :-)
XXX/A