quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Comprando Bolsas de Marca: Como Escolher a Sua.

Há mais ou menos duas décadas, quando o Brasil se abriu para os importados, o dólar caiu e o real se valorizou frente as demais moedas, criou-se um tipo novo de consumidor brasileiro: o comprador de artigos importados de luxo.
Embalados pela era Collor, onde havia um presidente que adorava exibir sua forma física nos passeios de jet ski e uma primeira dama que colecionava conjuntinhos de tailleurs assinados, o Brasil parecia ter entrado no clima: “Se compro tal marca sou importante!”
Foi aí que vimos uma profusão de camisas, bolsas e óculos estampando logomarcas gigantescas.


Pouco interessava o design da marca. O que valia era o valor de status que a mesma conferia à pessoa que tinha poder e dinheiro suficiente para comprar e usar.

Assim sendo, uma simples camiseta CHANEL com a logomarca estampada valia mais para quem usava e quem via do que uma linda blusa de seda cortada especialmente para o cliente em uma clássica alfaiataria francesa.

Vinte anos depois a estória já não é mais a mesma. Agora, exibir logomarcas tornando-se verdadeiras propagandas ambulantes da griffe tornou-se completamente out, porque não dizer, brega.

O chic agora é usar marcas justamente que não tenham logos muito grandes, mas que sejam de excelente design e que possam ser reconhecidos apenas pelos “entendidos” no assunto fashion.
Nada mais chique do que usar uma bolsa Cartier que não possui nenhuma logo mas que pode ser reconhecida pelas alças entrelaçadas em três tons de ouro como a famosa criação de aliança de casamento da joalheria francesa.
Ou usar uma clássica bolsa Hermes modelo Kelly, inspirado na princesa Grace Kelly.


Ou ainda uma Fendi Spy, que abandonou os enormes Fs da logomarca e foi recorde de vendas ...


Ou seja, o desafio destas marcas está agora em lançar modelos não-logos mas que ainda assim possam ser facilmente reconhecidos, pelo estilo e design, tal como a sola vermelha dos sapatos do estilista francês Christian Louboutin.


Ou a clássica bolsa onde quase não se vê a logo mas que o matelassê, a alça de correntes e a famosa camélia não nos deixam dúvidas: É uma Chanel!



Deixar que os verdadeiros elegantes reconheçam seu bom gosto sem GRITAR que está usando tal marca, esta é a verdadeira sofisticação de quem É. Não de quem quer ser, entendem?

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